quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Poesia no Vale do Paraiba

Residimos em uma região mutante. Todos os dias, novas pessoas chegam dos mais diversos pontos do país e vêm fazer a vida neste vale. Alguns voltam para sua terra natal sem conseguir fixar-se nesta terra das oportunidades. E nesta sopa fervendo no caldeirão formado pelo Vale do Paraíba, todos os ingredientes se misturam e se forma uma cultura sem rumo, sem denominação, onde a sua identidade é a falta de identidade.
Não é fácil encontrar algo idêntico, típico do vale. Alguns falam dos tropeiros, outros do matuto, do pescador, do agricultor, como sendo representantes autênticos do vale.
Mas o verdadeiro representante do Vale do Paraíba, em especial de São José dos Campos, é o migrante.
Aquele que veio das mais diversas partes do Brasil e do mundo e se instalou para trabalhar, veio, quase sempre, com a intenção de voltar, mas aí os filhos nasceram por aqui, e foram ficando. Outros voltaram, muitos ficaram.
E o migrante traz a sua bagagem cultural para ferver no caldeirão do vale.
Que cultura faremos desta miscigenação?

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